Se você anda um tanto chateado e frustrado por não ter a independência que tanto gostaria de ter; ficar com a televisão ligada até a hora que quiser, deitar com tênis na cama; ter um bichinho de estimação ou até levar pretendentes para um final de semana debaixo das cobertas, talvez esteja na hora de pensar e agir em relação a um novo passo na sua vida. Se você já é maior de idade e sente que “segura a bronca”, por que não sair debaixo da asa e da casa dos pais? Porém deve-se pensar, ponderar e calcular muito bem os prós e os contras dessa nova investida.

1-É incogitável sair de casa sem ter um emprego fixo em que você ainda se enxergue daqui a um bom tempo. Ao contrário do que acontece na casa dos seus pais, a geladeira não se encherá sozinha, a eletricidade não funcionará à toa e a mobília não aparecerá num passe de mágica. Por isso, mesmo se você se vê estável em seu trabalho, é bastante aconselhável ter uma reserva considerável antes de se mudar, pois não é bom ser pego de calças curtas e as dívidas não esperam você se acertar.

2- Deve-se pesquisar com muita atenção sobre sua nova moradia, não apenas se é “bom e barato”. Fique de olho aberto com os valores de condomínio e se o mesmo vale a pena; e caso opte por uma casa, pesquise sobre a segurança e a vizinhança, que neste caso pode influenciar muito. Também é vital saber se a localização é próxima a lugares essenciais, como estações de metrô, pontos de ônibus, padarias e supermercados. Distâncias que, se não forem favoráveis, podem acabar dando um baita prejuízo.

3- É bem prático e bacana ter uma planilha com os números da sua vida. Uma tabela de ganhos e gastos. Não precisa ser algo digitalmente elaborado, apenas um controle sobre o seu salário (após todos os descontos legais) e suas despesas, desde sua conta no mercadinho até as baladas de fim de semana, para que o final do mês não seja apertado.

4- Para proprietários de imóveis de primeira viagem é sempre difícil comprovar sua renda e que você não vai dar dor de cabeça ao senhorio, então é aconselhável ter um fiador, ou seja, alguém que assuma o pagamento do aluguel, condomínio, IPTU, etc., caso você não consiga arcar com os valores estabelecidos. Você pode pedir a alguém próximo que seja o fiador, mas caso não consiga ainda existe a opção do seguro fiança ou do depósito caução (3 meses de aluguel adiantados e à vista), e deve-se comprovar renda que seja no mínimo o quádruplo da mensalidade.

5- Aprenda a executar atividades básicas como cozinhar, lavar roupa e limpar a casa. Você vai economizar um bom dinheiro que seria gasto em “deliverys” e “fast foods”, lavanderia e empregada doméstica. Também é essencial não transformar sua nova moradia em um salão de festas só porque está sozinho. Quando você menos perceber, a farra vai sugar suas economias, depredar seus móveis, e de quebra vai queimar seu filme com vizinhos e senhorio.

Pois bem, sente-se preparado? Tem tudo planejado e responsabilidade para encarar essa nova fase da vida? Então vá em frente!