Mulher: Empreendedoras, investidoras e surpreendentes.
Postado dia: 18/03/2016Durante muito tempo, o papel da mulher esteve restrito ao lar. Desde pequenas, as meninas aprendiam que sua função era ser uma boa esposa e mãe, não podiam votar, não trabalhavam fora (portanto, não podiam ter uma carreira), deviam obediência ao marido, não podiam usar as roupas que quisessem… Enfim, uma vida cheia de “nãos”.
A mulher não tinha outra perspectiva de vida que não fosse se casar (muito cedo), ter filhos e cuidar dos afazeres domésticos, dificilmente contando com a ajuda do marido para isso. No entanto, sempre com muita força e determinação, pouco a pouco elas foram mostrando que podiam fazer muito mais do que isso, conquistando um espaço cada vez maior.
Com as guerras mundiais (especialmente a segunda), os homens saíram de casa para defender suas respectivas nações e a mulher teve que ir para o campo de trabalho com mais intensidade (muitas já trabalhavam nas indústrias europeias e norte-americanas). Fosse para manter as fábricas funcionando ou para levar o sustento para casa, elas foram apresentadas a esse mundo, ainda que em condições muito precárias. Pouco a pouco, tornou-se mais comum que a mulher também trabalhasse fora de casa.
Ganhando salários menores, sendo expostas aos mais variados tipos de humilhação, “ganhando a conta” ao terem um bebê, as mulheres resistiram, mas não se resignaram. Os movimentos de luta feminista marcaram toda a sociedade ocidental, inclusive, o Dia da Mulher relembra 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York fizeram uma manifestação exigindo melhores condições de trabalho. Elas foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Mais de 100 trabalhadoras morreram queimadas, lutando pelos direitos femininos e até trabalhistas.
A grande verdade é que as mulheres nunca tiveram medo de se expor buscando ocupar os papéis que realmente desejavam e isso rendeu frutos! No Brasil, elas conquistaram o direito de votar em 24 de fevereiro de 1932. Em 1951, a Organização Internacional do Trabalho estabeleceu que homens e mulheres deveriam ganhar o mesmo salário para executar a mesma função.
Em 2015, o Brasil já tinha quase 5.700.000 mulheres empreendedoras, o que representava 43% dos donos de negócios. Hoje, elas são empresárias, médicas, engenheiras, mães, esposas, presidentes, cidadãs. São mulheres, são surpreendentes!