Quando se trata de garantir um futuro tranquilo e confortável, a primeira coisa que vem na cabeça de muita gente é a previdência privada. Isso porque muitos sabem que não é seguro contar apenas com a previdência oficial, que nos últimos meses tem sofrido diversas alterações pelo governo. Se ainda está na dúvida entre os dois tipos, a oficial é aquela que todo trabalhador tem direito, por contribuir com o INSS em suas folhas de pagamento, enquanto a privada é feita diretamente com a instituição financeira desejada e é possível definir a frequência e valor do pagamento. Existem dois tipos de previdência privada que o interessado pode escolher: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

PGBL

Esse plano é mais vantajoso para quem tem renda tributável e declara o Imposto de Renda no modelo completo, porque os valores das contribuições podem ser deduzidos da base de IR em até 12% da renda bruta anual. O imposto de renda sobre a previdência será cobrado apenas a partir do momento em que começar a receber. Indica-se para pessoas entre 30 e 50 anos que estejam no auge da sua carreira profissional e sejam de classe média-alta ou alta.

VGBL

Em contra-partida do PGBL, esse plano é voltado para quem declara o Imposto de Renda no modelo simplificado. Neste caso, o imposto é deduzido dos lucros e não do principal aplicado.

Depois de escolher qual plano se encaixa melhor, é necessário decidir entre a renda fixa e a variável. Mas o que significa isso? O dinheiro da previdência é aplicado em um fundo que pode ser conservador e menos arriscado que são os títulos com taxas de juros pré ou pós-fixados, essa é a renda fixa; ou então optar por um fundo multimercado como é o caso das ações, essa é a renda variável.

A renda fixa é mais indicada para quem possuir um perfil conservador e não quiser se arriscar muito e também para quem pretende resgatar esse dinheiro em pouco tempo. A renda variável é mais indicada para quem possuir um perfil mais agressivo e tiver mais tempo antes de resgatar a aplicação.

Agora que está um pouco mais claro como funciona a previdência privada, seguem as vantagens e desvantagens se aplicar.

Vantagens

► Para quem optar pelo PGBL existe benefício fiscal ao escolher o modelo completo para declarar o IR;

► Incentiva a pessoa a economizar, já que vai precisar destinar parte da renda todo mês para a previdência;

► Permite portabilidade para outra instituição financeira caso não se identifique mais com a escolhida inicialmente;

► Permite alterar data e valor da contribuição e até mesmo suspendê-la por um tempo caso exista a necessidade;

► Ao final do plano, pode decidir entre sacar o valor total ou retirar um valor mensalmente por tempo determinado ou indeterminado.

Desvantagens

► As taxas administrativas costumam ser altas, a partir de 1,5%;

► Taxa de carregamento que é cobrada sempre que é realizada uma aplicação no plano da previdência;

► Em algumas instituições é cobrada uma taxa de saída ao resgatar o dinheiro parcial ou integralmente;

► Devido às taxas e impostos, se torna pouco vantajoso para um plano a curto prazo;

► Baixa rentabilidade quando comparada à outras opções de aplicações financeira;

► Caso a instituição financeira quebre, o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) não garante a devolução do dinheiro, diferente do que acontece ao se aplicar CDB, poupança, fundos de Investimento, entre outros.